Um só tiro acabou com duas vidas, na manhã de ontem, no Tatuquara. A operadora de telemarketing Thaís Juliane Walter, 20 anos, grávida de seis meses, foi baleada na cabeça, na Rua Artur Zanon, pouco depois das 8h. Socorristas do Siate não tiveram como salvar o bebê, que Thaís ainda nem sabia o sexo.
Segundo apurou o cabo Beleti, do 13.º Batalhão da Polícia Militar, Thaís fez o que fazia todos os dias. Acordou cedo, arrumou a filha mais velha e a levou ao Colégio Municipal Leonel Brizola, perto de sua casa. Quando voltava, caminhando pela calçada ao lado do matagal da antiga Britanite, foi assassinada. Como há poucos moradores próximos, ninguém viu o crime.
Sem motivos
O marido de Thaís esteve no local e, muito chocado, pouco falou com os policiais, mas contou que não havia motivos para o crime. Thaís era boa mãe, dona de casa e não tinha envolvimento com drogas.
Também não se tem notícia de que ela tivesse algum relacionamento extraconjugal, que pudesse ter motivado o homicídio. Tudo isto foi confirmado pela vizinha e amiga de Thaís, Neuza Avelar, que esteve no local do crime.
O trecho onde Thaís foi morta é tido pelos moradores como perigoso. Além da rua ser estreita, o que sempre gera acidentes e atropelamentos, o matagal denso dá proteção à bandidagem.
