O advogado que defende um assaltante suspeito de ter atirado na funcionária de um posto de combustível, Patrícia Cabral da Silva que estava grávida durante o assalto, em maio, em Curitiba, acusou neste sábado (8) a própria Patrícia de ser a mentora do crime. José Carlos Veiga, o defensor de Sidimar Tiago Oliveira, apresentou uma fita em que um dos acusados, Luiz Carlos Cândido, conversa com a suposta funcionária e ela acaba revelando sua participação. A fita foi gravada por sugestão de Veiga.

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Na fita, ela diz que o interesse era conseguir uma indenização, enquanto os três assaltantes ficariam com os cerca de R$ 60 mil que estavam no cofre. Eles tinham inclusive "acertado" que o tiro deveria ser dado de raspão, na barriga. Como Oliveira teria esquecido, as imagens gravadas no circuito interno mostram o momento em que ele retorna ao local apenas para fazer esta parte do plano.

Na gravação, Cândido diz que ninguém sabia que ela estava grávida e a suposta Patrícia responde que, se tivesse contado, eles não teriam coragem de dar o tiro. Ela também diz que, no roubo de computadores, esqueceram de levar o principal, que era justamente o que continha a gravação. O delegado de Furtos e Roubos, Rubens Recalcatti, disse que vai investigar esses novos fatos.

Patrícia, que conseguiu levar a gravidez até o final, apesar da bala alojada na barriga, não foi encontrada em casa. Segundo sua irmã, depois que ela soube dessas acusações, viajou com a mãe. A irmã disse que a família não deve se manifestar "até poder se defender desse maluco". Oliveira entregou-se à Justiça na segunda-feira.

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