A violência desenfreada voltou preocupar os morados de Curitiba e da região metropolitana, durante o fim de semana. Apesar do frio, que costuma fazer baixar o índice de criminalidade, parece que desta vez o efeito foi contrário. Das 19h de sexta-feira às 19h de ontem, o Instituto Médico-Legal (IML) recolheu 31 corpos de vítimas de mortes violentas. Destes, 25 foram assassinatos.
Por conta de tantos corpos entrando e saindo, a correria no IML foi grande durante todo o domingo, assim como foi intenso o movimento de viaturas, familiares e carros de funerárias, além de funcionários se desdobrando para atender todos que se enfileiravam no saguão do Instituto.
Também o Instituto de Criminalística, responsável pela parte científica das investigações criminais, ficou assoberbado de trabalho, principalmente porque falta pessoal e os peritos acumulam muitas funções.
De acordo com informações policiais, a grande maioria dos casos foi motivada pelo uso de drogas e dívidas de usuários com os traficantes. Em São José dos Pinhais, município que registrou o maior número de crimes depois de Curitiba (veja quadro abaixo), uma família inteira foi baleada por homens que entraram na casa chamando pelo nome do filho, que é usuário de drogas.
O rapaz e a mãe, embora feridos gravemente, até o fim da noite de ontem permaneciam hospitalizados. Já a irmã mais velha do rapaz morreu na hora, baleada na cabeça.
