Violência

Grande Curitiba registra 10 mortes em cerca de 10 horas

A violência desenfreada espalhou vítimas por Curitiba e região metropolitana na noite de quarta-feira e madrugada de ontem. Foram dez pessoas assassinadas em cerca de dez horas.

Os crimes aconteceram em Curitiba, Piraquara, Quatro Barras e São José dos Pinhais. Na capital foram seis vítimas: Bairro Alto, Boqueirão, Cajuru, Cidade Industrial, Ganchinho e Uberaba.

Só em dezembro, já houve 54 assassinatos em dez dias, mantendo a média de aproximadamente 5,5 vítimas fatais por dia, que vem sendo registrada nos últimos meses, em Curitiba e região.

O caso mais grave aconteceu em Piraquara, onde os amigos Alexandre Mendes Primo, 27 anos, e Asterisvaldo Silva Santos, 34, foram assassinados a tiros quando saíam de um bar, no final da madrugada de ontem.

O crime ocorreu na esquina da Rua Andorinha com a Rua Maria Lobato do Amaral, no Jardim Holandês. A polícia trabalha com a hipótese de latrocínio (roubo com morte), já que uma das vítimas tinha acabado de receber o pagamento e teve a carteira e os documentos levados.

O delegado Osmar Feijó, de Piraquara, apurou que os amigos estavam acompanhados de seus familiares no bar. Durante a madrugada, os parentes foram embora. “Eles até aconselharam os rapazes a voltar para casa também, mas os dois preferiram ficar mais algum tempo”, informou o delegado.

Por volta das 6h, a polícia foi avisada que os rapazes haviam sido assassinados a poucos metros do bar. “Descobrimos que o Alexandre tinha recebido pagamento, estava com cartão de crédito e vestia roupas novas. Certamente alguém ficou sabendo disso e o assaltou na saída do boteco”, relatou Feijó.

“Mas ainda não sabemos se eles reagiram ou se foram mortos porque conheciam os ladrões”, acrescentou. A polícia ainda ouvirá a família de Asterisvaldo para saber se também roubaram algo dele. “Vamos investigar com os proprietários do bar e clientes para ver se eles foram embora sozinhos ou se foram abordados por alguém em frente ao estabelecimento. Até o momento, não apareceu nenhuma testemunha”, concluiu Feijó.

A hipótese de execução foi praticamente descartada pelo delegado, já que as vítimas não tinham antecedentes criminais, nem envolvimento com traficantes ou criminosos.

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