Um tiro na cabeça decretou o 500.º assassinato no ano, na Grande Curitiba. A marca foi alcançada às 17h de ontem, na Rua Francisca Ferreira Pontes, Moradias Aimoré, no Xaxim. Diferente do que acontece na maioria dos homicídios, em que as vítimas estão envolvidas com as drogas, Gilsomar Guilherme dos Santos, 30 anos, trabalhava como vendedor e era benquisto pela vizinhança. Por conta disso, a polícia ainda não sabe o que pode ter motivado o crime.
Os moradores escutaram o disparo e encontraram o rapaz caído em um carreiro, ainda com vida, agonizando. Chamaram o Siate, mas não houve tempo. Gilsomar entrou na lista das 210 vítimas de Curitiba, que representam 42% do total. As mortes na capital se espalharam por 23 dos 75 bairros. Só os cinco mais violentos, situados nas regiões sul e leste, registraram quase 40% dos crimes. Na região metropolitana, Colombo e São José dos Pinhais foram responsáveis por 42,5% dos assassinatos.
Comparação
A marca das 500 mortes foi atingida dois dias depois que em 2011. Porém, na comparação com 2010, chegou um mês depois. Neste ano, apenas em dois dias (3 e 31 de janeiro) não houve assassinatos na Grande Curitiba. Vinte pessoas morreram em confrontos com a polícia. Das 500 vítimas, havia 46 adolescentes e três crianças. As mulheres representaram 9,2% do total. Oito cidades da região metropolitana não tiveram homicídios.
