Acusados de aplicar diversos golpes no comércio, Maurício Ferreira Sampaio, 27 anos; Anderson Lemes de Souza, 32, foram presos e autuados em flagrante por estelionato, por policiais da Delegacia de Furtos e Roubos.
O delegado Gerson Machado, titular da DFR, informou que os golpistas lesaram diversos estabelecimentos comerciais, comprando eletrodomésticos, alimentos e até um carro. Os investigadores Rudis, Geremias e Luiz Eraldo apuraram que Maurício usava também o nome de Marcelo Cabrini de Mello. “Com este nome ele aplicou vários golpes na praça. Inclusive comprou o Fiat Siena, placa AIX-0821, na Barigui Veículos”, contou o delegado.
Holerites
Maurício também estava de posse de holerites expedidos pela Vidraçaria Rotativa. “Ele aparece como auxiliar administrativo sem nunca ter trabalhado na empresa”, informou o delegado. Anderson, por sua vez, possui duas carteiras de identidade, com locais e datas diferentes de nascimento. Em uma é natural de Contenda e em outra, de Curitiba. Em ambas constam o mesmo nome. Ele teria usado uma certidão de nascimento “fria” fornecida pelo comparsa Maurício. Com esta certidão tirou a identidade falsa. Ainda de acordo com a polícia, Anderson providenciou um CPF em nome de Alessandro de Souza Martinelli e fez cartões de crédito nos hipermercados Big e Extra. No primeiro comprou um aparelho de som e no outro alimentos. “Embora tenha comprado com um nome fictício, o Anderson informou que iria pagar as dívidas”, comentou Machado, sem acreditar na promessa do vigarista.
Interrogatórios
Quando interrogado, Anderson alegou que fez a documentação falsa porque pretendia tirar um passaporte e embarcar para a Inglaterra. O que não conseguiria jamais com seu nome verdadeiro, porque tem um mandado de prisão expedido pela Justiça de Itajaí (SC), onde foi condenado a seis anos de prisão por participar de um roubo contra banco. Na época ele foi preso e cumpriu parte da pena. Depois conseguiu progressão de regime e teve sua prisão decretada outra vez, posteriormente.
Anderson também tem um holerite da Vidraçaria Rotativa e alegou à polícia que pagou R$ 200,00 para Maurício providenciar a documentação falsa.