Golpistas na cadeia

A perspicácia de policiais da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) possibilitou a desarticulação de uma quadrilha de estelionatários que há meses vinha lesando o comércio.

Eles estranharam o fato de dois indivíduos estarem rodando pela cidade com um Renault Clio zero quilômetro – um deles tinha estado preso na especializada em meados do ano passado, por envolvimento em assaltos a condomínios. "Fabricando" documentos em um escritório comandado por Ariel Marcelino da Silveira, 39, os integrantes do grupo ganhavam nomes falsos e conseguiam créditos em lojas e aberturas de contas bancárias. Com os cheques e cartões, compravam de tudo, inclusive carros.

Além de Ariel, também foram presos o filho deles, Ariel Marcelino Júnior, 18; e os cúmplices Rafael Francisco Barbosa de Lima, 22; Rubens Campos da Silva, 23; Huilson José Ribeiro, 25; Gilberto Antônio Fontana, 27, e Jucélia Siqueira, 33. A mulher foi levada à delegacia, interrogada, indiciada em inquérito e colocada em liberdade. Ariel, o pai, também foi solto ontem, por determinação da Justiça.

Investigação

Rubens e Rafael estavam de posse do Clio, quando foram surpreendidos pelos investigadores, no início da semana. Detidos, informaram que haviam pego o carro com Jucélia. Ela foi localizada e interrogada. Contou que fazia parte do grupo de vigaristas e apontou o escritório de Ariel, chamado Ponsi Peças, situado na Avenida Winston Churchill, no Pinheirinho, como o "QG" do grupo.

No escritório, os policiais surpreenderam Ariel Júnior e interceptaram o telefonema de um funcionário de uma grande rede de lojas, que tentava confirmar se Huilson trabalhava naquele local. Ele foi preso em flagrante, usando documentos falsos, na loja que seria a próxima vítima.

Com o desenrolar das investigações, também um veículo Saveiro, comprado irregularmente, foi apreendido e houve a prisão de Gilberto, que também portava documentos falsos. Ariel, o pai, tinha mandado de prisão expedido pela Comarca de Guaratuba. Por força do mandado, ele também foi levado para o xadrez.

No entanto, um advogado providenciou o alvará de soltura, colocando-o em liberdade. Mesmo assim, ele permanece indiciado no inquérito.

De acordo com o delegado Rubens Recalcatti, titular da DFR, o computador do escritório foi apreendido e sofrerá perícia para constatar se outras pessoas estavam envolvidas ou foram vítimas do grupo. Quem os reconhecer pode entrar em contato com a delegacia, pelo telefone 3262-2800.

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