A doceira Margareth Aparecida Marcondes (foto), 47 anos, acusada de enviar bombons envenenados para uma adolescente, em 2012, foi condenada quinta-feira, em Joinville (SC), a 10 anos e oito meses de prisão. No entanto, a condenação foi por ela tentar matar o marido, Nercival Cenedezi, com golpes de rolo de macarrão, para que ele não descobrisse o envenenamento e a denunciasse à polícia.

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Ele ficou horas ferido em casa, até ser encontrado por amigos à beira da morte. Se recuperou, mas ficou com sequelas na fala e audição. O advogado de Margareth neste processo, Gilson Schelbauer, disse que analisa a sentença e muito provavelmente irá entrar com apelação para tentar reduzir a pena.

Festa

Já o processo de tentativa de homicídio contra a adolescente e três amigos, que também provaram os bombons, ocorrido no Umbará, em 12 de março de 2012, ainda corre no Tribunal do Júri de Curitiba. Margareth já foi pronunciada para ir a júri popular, mas seu advogado neste caso, Luiz Cláudio Falarz, entrou com recurso para tentar evitar o júri. O recurso ainda não tem prazo para ser julgado pela 1.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.

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Margareth está há dois anos e dois meses presa. Na época, ela disse que era amiga da família da adolescente e foi chamada para organizar a festa de 15 anos da jovem. Mas a doceira gastou o dinheiro pago antecipado e não tinha como arcar com os custos da produção dos doces e bolo. Então planejou envenenar a adolescente, para que ela passasse mal e houvesse tempo de reaver o dinheiro para honrar o compromisso. As vítimas se recuperaram sem sequelas do envenenamento.

Por este crime, Margareth já está tinha conseguido a liberdade. Mas continuou atrás das grades, por conta da tentativa de homicídio contra o marido em Joinville. Como Margareth tem uma filha que mora em Curitiba, prefere cumprir toda a pena aqui.

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