Equipes da Polícia Federal prenderam na manhã de ontem, em Curitiba, cinco pessoas acusadas de participar de esquemas fraudulentos contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Cálculos iniciais estimam que o prejuízo aos cofres públicos se aproxime de R$ 1,5 milhão.
Além das prisões, foram apreendidas várias carteiras de trabalho, documentos e formulários que comprovavam a existência de vínculos empregatícios fictícios e que viabilizavam as fraudes.
Dentre os presos estão um servidor do INSS, três indivíduos que seriam os chefes de quadrilhas especializadas e um intermediário que, de acordo com a PF, recebia procurações dos segurados para dar entrada nos benefícios pretendidos.
Conforme a Polícia Federal, as quadrilhas desmanteladas atuavam há pelo menos três anos na concessão de benefícios previdenciários irregulares – na maioria dos casos, aposentadorias – com inserção de vínculos empregatícios falsos no sistema da Previdência Social. Assim, os fraudadores conseguiam comprovar o tempo de contribuição do beneficiário junto ao INSS.
De acordo com os levantamentos realizados, 139 fraudes já foram comprovadas, que acarretaram um prejuízo de R$ 1.470.176,67. Outros 800 processos de concessão de aposentadorias com indícios de fraude estão sendo investigados pelo Grupo de Trabalho da Gerência Executiva do INSS. Esse trabalho está em fase de conclusão.
A operação desenvolvida pela PF resulta do trabalho investigativo realizado pela força-tarefa previdenciária no Paraná, que é composta pelo Ministério Público Federal, INSS e Polícia Federal. As investigações prosseguem e há indícios de que mais quatro servidores do INSS participem do esquema de fraudes.