O interrogatório do advogado Carlos Alberto Pereira, acusado de apropriação indébita, formação de quadrilha, estelionato e falsificação de documentos particulares, para conseguir pagamento irregular de precatórios (indenizações do Estado), começou ontem. O advogado chegou a ser considerado, pela Procuradoria Geral do Estado, como participante de uma suposta ?máfia dos precatórios?.
De acordo com o advogado de defesa de Carlos, Elias Mattar Assad, o que se fez foi ?excesso acusatório?. ?Não existe máfia nenhuma e, pelos dados colhidos no processo, o Estado não foi lesado em um só centavo?, declarou. Conforme contou, tecnicamente, não há provas de formação de quadrilha, por exemplo. ?Há muita ficção no processo?, concluiu.
O acusado se entregou à Polícia Federal em outubro e, desde então, permanece preso. ?Vamos trabalhar para que ele responda ao processo em liberdade?, afirmou Assad.
Os precatórios são papéis que o governo emite, como garantia que um dia pagará sua dívida. Eles são pagos em ordem cronológica, independente do valor, e as ações se estendem por até 15 anos.