O empresário Romano Antônio Zambom foi preso às 17h de ontem, por policiais do Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gerco) da Promotoria de Investigação Criminal (PIC), em uma cervejaria localizada na Rua Mateus Leme, onde anteriormente funcionava um bingo. Zambom possuía contra ele dois mandados de prisão expedidos pela 3.ª e 5.ª Varas do Trabalho de Curitiba há quase um ano, por ser depositário infiel: desfazer-se de bens sob sua guarda que garantiam uma execução trabalhista contra o Royal Palace Bingo. O empresário foi encaminhado pelo Gerco à Delegacia de Vigilância e Capturas (DVC).
De acordo com a assesoria de imprensa do Ministério Púbico, a prisão ocorreu depois que a PIC descobriu que Zambom vinha anunciando a venda de bens em classificados de jornais e que recebia os interessados nas dependências do antigo bingo.
O empresário havia sido condenado em primeiro grau, pela Justiça Federal, a cumprir 2 anos e 8 meses de prisão por apropriação indébita, conforme a Promotoria de Investigação Criminal. Esse delito ocorre quando uma pessoa se diz proprietária de bem ou direito de terceiros e os vende ou se nega a entregá-los ao verdadeiro proprietário.
Em maio do ano passado, o Gerco realizou outra prisão relacionada a bingos. O empresário Gianfranco Cézar Zambom, naquela época dono do Ventura Bingo e presidente do Sindibingos, foi preso na manhã do dia 23 para prestar esclarecimentos sobre crime de extorsão que vinha sendo investigado pela PIC. O pedido de prisão temporária -cinco dias – foi concedido pelo juiz da Central de Inquéritos. O crime de extorsão estaria relacionado com o gerente financeiro do bingo que, dias antes, havia sido filmado extorquindo funcionários do estabelecimento.
