A morte de um menino de 11 anos, assassinado dia 3, pode ter sido o motivo do triplo homicídio, cometido por volta de 10h de segunda-feira, em uma casa da Rua Manoel Martins de Abreu, na Vila Torres, Prado Velho. À noite, um suspeito foi preso, mas seu nome não foi divulgado.

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Enoks da Silva Júnior, 15 anos, Romário Felipe de Almeida, da mesma idade, e Dione Rafael dos Santos Rodrigues de Campos, 17, foram mortos em um pequeno quarto. Dois estavam embaixo de uma cama e o outro, ao lado do sofá.

No local, a polícia encontrou diversos plásticos usados para embalar pedras de crack, escondidos em buracos nas paredes da casa. O pai de Dione disse que o rapaz morava sozinho e trabalhava como coletor de material reciclável.

Gangues

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Segundo os moradores, um tiroteio começou à noite e só parou de manhã. “É comum ouvir muitos tiros. A gente sabe que as gangues agem livremente”, relatou uma mulher que não quis se identificar.

O investigador Airton, da Delegacia de Homicídios, disse que a ação de grupos rivais era investigada, principalmente depois da morte do menino. “É bem provável que as mortes desses rapazes tenham ocorrido por vingança, mas para nós, todos são vítimas.”

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Enquanto os corpos eram recolhidos pelo Instituto Médico-Legal, do outro lado da vila soltavam foguetes. O pai de Dione, chorando, disse que não imaginava que alguém poderia comemorar a morte de outra pessoa, muito menos do seu filho. “Esse povo precisa de Deus.”

Prisão

No início da noite de anteontem, a Polícia Militar prendeu um suspeito de ter participado do triplo homicídio. O jovem, de 23 anos, foi detido numa casa na rua onde aconteceu o crime.

Ele estava acompanhado de outras pessoas, que fugiram ao ver a polícia. Com o suspeito, foram apreendidos diversos projéteis de pistola calibre 9 milímetros. A Delegacia de Homicídios não se manifestou sobre a prisão.