O sargento Vilde, do 20.º Batalhão da Polícia Militar, contou que, por volta das 7h45, o garoto apareceu no posto policial, dentro da rodoferroviária, com a mala e 17 quilos da droga em tabletes, escondidos entre peças de roupa.
O jovem relatou que pegou a encomenda num bar do bairro Morumbi II, em Foz do Iguaçu, na fronteira com o Paraguai, e tomou o ônibus às 21h30 de terça-feira.
Além da mochila com a droga e a roupa que não eram dele, o adolescente tinha um papel com o telefone do comprador anotado. O combinado é que o jovem receberia R$ 3 mil pela encomenda. Ficaria com R$ 600 e entregaria o restante para o fornecedor da maconha.
Engano
Quando desembarcou em Curitiba, por volta das 6h, o garoto telefonou para o desconhecido, porém houve engano na ligação. “Me passaram o número errado. O homem que atendeu falou que era a pessoa errada e que ele trabalhava com produtos cosméticos”, comentou o adolescente frustrado.
Como não conseguiu contatar o receptador da droga e ficou sem dinheiro para voltar para casa, o garoto, que não tem parentes em Curitiba, procurou a PM. O adolescente afirmou que esta foi a primeira viagem que fez transportando droga.
“Vim com a cara e a coragem. Avisei que isso (ir à polícia) ia acontecer se alguma coisa desse errado”, disse o garoto, que é estudante e garantiu não ser usuário de droga. “Ele se arrependeu porque não conseguiu entregar o produto”, comentou o sargento. A polícia deve investigar quem contratou o garoto e quem receberia a droga.
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