Garoto problema é executado

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Wellington não seguia os conselhos do pai.

Com um tiro na testa, o adolescente Wellington Dalaqua Miguel, 16 anos, foi assassinado por volta das 20h45 de ontem, na Rua Salvador, Jardim Gramado, em Almirante Tamandaré. O motivo do homicídio, segundo familiares da vítima, foram os inúmeros furtos que o garoto cometia no bairro. "Ele andava armado e não ouvia conselhos", lamentou o pai, Natal Nazareno Miguel, ao ver o filho estendido na rua, em frente de sua casa, ao lado da bicicleta.

Natal, a mulher e os outros três filhos jantavam, quando ouviram um único disparo. O homem comentou com a esposa: "Deve ser o Wellington dando tiro por ai". Minutos depois, uma jovem avisou a família que tinha um rapaz caído na rua, em meio a uma poça de sangue. "Fui verificar quem era. Quando olhei, vi meu filho", disse o homem, enquanto cobria o corpo com um lençol.

Testemunhas contaram que viram um rapaz, usando um gorro, correndo. Outras disseram ter visto uma motocicleta passar pelo local. Ninguém soube contar ao certo o que havia ocorrido. No local, os soldados Curi e Nilson, do 17.º Batalhão pouco puderam apurar sobre o caso.

Furtos

O pai do garoto lembrou que Wellington fez o primeiro o furto aos 14 anos. "Foi uma carteira de cigarro. Ele só pegava porcaria. Tinha tudo dentro de casa, mas ele tinha essa mania. Dei uma surra nele", lembrou Natal. Ele contou que, no dia seguinte à surra, Wellington foi para a escola. Devido às marcas no corpo do garoto, o Conselho Tutelar foi chamado e Natal foi preso no sítio onde trabalhava.

"A assistente social falou para ele: "Ninguém pode te bater, nem teu pai, nem tua mãe, nem a polícia. Qualquer coisa você me procura que damos uma queixa?. Depois disso, ninguém mais segurou o garoto", recordava o pai. Natal disse que, depois de ir parar na cadeia, nunca mais bateu no filho. Mesmo assim tinha esperanças de que ele melhorasse. "Ele arrumou emprego para juntar sucata, mas resolveu furtar. Foi preso e o patrão não quis saber mais dele. Isso ocorreu na semana passada mesmo, quando estive na delegacia e trouxe ele para casa", contou Natal. Ele disse que até os policiais chegaram a aconselhar Welligton, mas de nada adiantou. "Ele andava armado. Era 22, 32, garrucha, armas velhas, mas era arma", reforçou o pai. Natal salientou que quase toda a vizinhança foi vítima de seu filho. "Eu falava para ele que se não largasse essa vida iria morrer aqui perto de casa. Foi o que aconteceu. Ele furtou alguma coisa e a pessoa se vingou", suspeitava o pai. "Fim de bandido é esse", concluiu.

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