Em uma pinguela existente no fim da Rua Vicente Capriglioni, Lucan Renê Corrêa Garcia, 17 anos, teve sua vida interrompida a tiros, às 21h15 de segunda-feira. O garoto, desconhecido por moradores da Vila Olinda, Alto Barigüi, CIC, carregava uma carteira somente com documentos e completaria 18 anos no próximo dia 31.
Um morador, que preferiu não se identificar, contou que cerca de 15 minutos antes dos tiros não havia ninguém na rua. Ele disse que queimou lixo do outro lado da pinguela, no terreno de uma chácara, e não avistou nenhuma pessoa. A pequena fogueira ainda estava acesa quando a polícia chegou para atender a ocorrência. "Quando cheguei em casa, ouvi quatro tiros", relatou.
Depois dos estampidos, alguém chamou o Siate, mas os socorristas nada puderam fazer para salvar a vida de Lucan. Eles perceberam ferimentos no pescoço e no peito do rapaz. Os soldados Oslei e Marcondes, do 13.º Batalhão da Polícia Militar, que estiveram no local, nada puderam apurar.
A rua estreita onde Lucan foi morto não tem iluminação pública. São as lâmpadas das casas que a deixam menos escura. Do outro lado há o rio e a chácara, pela qual muitos cortam caminho para outros pontos do bairro. "Durante a noite, não passo por aqui, dou a volta na quadra", disse um morador. Segundo contou, foi pedida a instalação de postes, mas não foi atendida.
A delegada Selma Braga, da Delegacia de Homicídios, informou que ainda não tem suspeitos do crime.
