Garoto leva tiro na testa

Apesar da pouca idade, Mauro César de Lima, 14 anos, trabalhava como catador de papel e, segundo comentários, também agia no mundo das drogas.

Ele era conhecido como "De Menor" e seria usado como "vapor" por traficantes.

A vida do adolescente foi interrompida por um tiro no rosto, entre seus olhos, às 20h de quarta-feira, na Avenida do Canal, esquina com a Rua Montese, Parolin.

Ao investigador Maurício, da Delegacia de Homicídios, ninguém forneceu características do assassino, apesar de haver várias pessoas na rua, naquele horário.

"A autoria do homicídio permanece desconhecida, mas acreditamos que denúncias anônimas à delegacia possam nos dar algumas pistas", disse. A arma utilizada teria sido um revólver.

Mauro foi assassinado a poucos metros de sua casa. A polícia investiga a veracidade dos comentários feitos no local, para determinar o motivo do crime. Segundo o delegado Luiz Alberto Cartaxo de Moura, da DH, o tráfico de drogas está por trás de mais este assassinato. "Estamos apurando as rivalidades existentes na vila e o envolvimento da vítima com o tráfico", afirmou o delegado.

Preocupante

A situação na Vila Parolin volta a preocupar a polícia. Nos últimos 20 dias, foram quatro homicídios, com a morte de Mauro César. Os outros assassinatos aconteceram nos dias 22 e 29 de julho, na Avenida do Canal, e em 3 de agosto, na Rua Eugênio Parolin. Justamente devido ao elevado nível de violência na região, provocado principalmente pelo tráfico de drogas, foi que, em 5 de maio, uma força-tarefa – formada por 700 policiais civis e militares – fez uma varredura em toda a área. Na ocasião ocorreram algumas detenções e pouca droga foi encontrada. O policiamento se estendeu por alguns dias, até ser reduzido às rondas normais, que são insuficientes, segundo os moradores.

Passados três meses da megaoperação policial, a violência volta a "pôr as garras de fora" e apavorar as pessoas que bem que ali residem.

A Delegacia de Homicídios aguarda que informações anônimas sejam dadas por telefone (3363-0121), para que as investigações sejam agilizadas.

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