Garoto é encontrado com a cabeça esfacelada

O garçom Ubirajara de Oliveira, 57 anos, sabia que cedo ou tarde o filho Jackson Jean Alves de Oliveira, 16, perderia a vida para o crack. Na madrugada de ontem, o vigia de um barracão, na Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira, que margeia o Contorno Sul (BR-376), no Conjunto Caiuá, Cidade Industrial, ouviu gritaria. Pela manhã, Jackson foi encontrado morto, com a cabeça esfacelada, provavelmente a pedradas.

Ao se deparar com o garoto morto numa vala à beira da rodovia, Ubirajara se abalou. “A gente trabalha bastante e esquece um pouco dos filhos. Eu estou triste, mas também tranquilo, pois foi esse o caminho que ele escolheu”, desabafou. Jackson morava apenas com o pai. Ubirajara tem outros quatro filhos que, segundo ele, não se envolveram com droga.

Trajetória

O garçom contou que, por diversas vezes, tentou salvar o adolescente do vício. “Há dois anos ele usava droga. Eles começam a usar maconha e terminam no crack. Os pais são sempre os últimos a saber. Quando ia conversar com meu filho, ele não tinha resposta e abaixava a cabeça”, lembrou. O vizinho dele Sérgio Hecker disse que Jackson chegou a ser expulso de uma clínica. “Quando o pai saía para trabalhar à noite, ele saía para usar droga.”

Por volta de 7h50, policiais militares do 13.º Batalhão foram chamados por populares que encontraram o jovem morto. Muitos motoristas que passavam pela rodovia diminuíam a velocidade curiosos para ver o que havia acontecido e causaram lentidão no quilômetro 596 da BR-376.

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