Três tiros na cabeça mataram Fagner Nelson Pinheiro Matos, 16 anos, quando ele caminhava pela Rua Nelson Pevedello, Chaparral, às 18h50 de quinta-feira. Os assassinos não se importaram com as outras pessoas que estavam na rua ou com os garotos que jogavam futebol na quadra ao lado de onde o adolescente foi morto.
O motivo do assassinato deverá ser esclarecido, mas, em princípio, trata-se de briga de gangues.
Para o cabo Vilde e o soldado Ernani, do Regimento de Polícia Montada, chegaram duas versões para o caso. De acordo com a primeira, Fagner conversava com duas garotas, quando um Gol branco passou por eles e um dos ocupantes do veículo atirou. Pela outra, o adolescente caminhava bebendo cachaça direto da garrafa e foi alcançado por dois indivíduos a pé, ambos armados.
A situação em que foi cometido o assassinato será esclarecida pela Delegacia de Homicídios. Os investigadores Castro e Alexandre colheram as primeiras informações e identificaram testemunhas, que serão ouvidas na delegacia. Outra pista para a polícia é a passagem de Fagner pela Delegacia do Adolescente. De lá ele saiu há cerca de um mês, depois de ficar detido, acusado de participar de um seqüestro relâmpago.
Tragédia
Vanderléia do Rocio Pinheiro, mãe do garoto, estava inconformada.
Ela relatou que Fagner estudava e a ajudava no bar da família. "Não sei quem pode ter feito isso com meu filho", afirmou, ao lado do corpo. Segundo ela, a vítima não tinha envolvimento com drogas nem teria rixa com pessoas da região. Esta foi a segunda tragédia na vida de Vanderléia. Há cerca de dois anos e meio, o pai de Fagner, Nelson Matos, foi assassinado com um tiro na nuca, em Tranqueira, Almirante Tamandaré.
Faguer foi atingido por dois tiros no rosto e um ao lado da cabeça, disparado à média distância, conforme levantamento preliminar da perita Clélia, da Polícia Científica. Quando a mãe dele chegou ao local, o garoto estava sem o tênis, com o qual havia saído de casa. Acredita-se que alguém tenha se aproveitado da situação para tomar o calçado da vítima.