Foto: Ciciro Back/Tribuna
Helen Dias se soltou das mãos
da mãe e foi vítima do trânsito.

Mãe e filha, paradas bem ao centro da rodovia, tentam atravessar a pista quando a pequena garota de 7 anos, Helen Dias, solta-se da mão de sua mãe e tenta voltar para a calçada. A mãe chega ao destino, porém Helen acaba sendo colhida por um veículo, provavelmente um Renault Scénic, que fugiu sem prestar atendimento à vítima. Após ser atropelada pelo Scénic, Helen foi arremessada diretamente ao capô de um outro carro, a Montana prata placa AMI-8895, conduzida por Ivan Carlos Galvão, que vinha em sentido oposto na rodovia. Este fato foi narrado pelo soldado Fraga, do Projeto Povo de Almirante Tamandaré, com base em relatos que colheu com testemunhas. O atropelamento ocorreu por volta das 16h45 de ontem, na Rodovia dos Minérios, bem em frente ao trevo da entrada principal para Almirante Tamandaré.

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As marcas das freadas no chão, tanto da Montana, quanto do veículo atropelador, separadas por uma distância de aproximadamente 15 metros, mostram as tentativas dos motoristas de desviar a criança e dão idéia da velocidade em que os veículos estavam. Um adolescente de 15 anos, que presenciou de longe o atropelamento, conta que em seguida ao fato, um caminhão do Exército chegava ao local e parou para prestar ajuda. Um outro veículo também parou no local e o condutor desceu identificando-se como médico, oferecendo auxílio.

O atendimento, segundo o adolescente, foi recusado pelo soldado do Exército porque o médico não tinha nenhuma documentação que comprovasse sua formação profissional. O Siate foi acionado, e nesse intervalo de tempo, o adolescente que testemunhou o acidente correu até o hospital em Almirante Tamandaré, mas não conseguiu ambulância para o atendimento.

Ele relatou que, depois de meia hora do ocorrido é que chegou a ambulância do Siate, e a garota ainda estava viva, porém não resistiu aos ferimentos. "Se o soldado do Exército não tivesse recusado a ajuda do médico, a garota ainda estaria viva, pois ela ainda se mexia e respirava", supôs o adolescente, testemunha do fato.

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