A polícia não confirma, mas fontes afirmam que a vítima do maníaco do Morro do Boi reconheceu o suspeito preso na terça-feira. A moça, que se recupera no hospital, teria visto, através de um vidro, J.F.P, 32 anos.

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Agora, só uma grande reviravolta poderá livrá-lo da acusação de ter matado Osíris del Corso, em Caiobá, em 31 de janeiro, e ter ferido a tiros a namorada do rapaz. J.F.P. foi preso no balneário Santa Terezinha, em Pontal do Paraná. O inquérito será remetido à Justiça na próxima quinta-feira, pelo delegado Rogério Martin de Castro.

A maior parte dos policiais envolvidos na investigação do crime deixa transparecer que não há dúvida quanto à autoria. Uma nova testemunha, apresentada ontem pelo programa Tribuna da Massa, garantiu o envolvimento de J. e de mais um indivíduo no caso, o que não surpreendeu os investigadores.

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Havia informações que o suspeito foi visto, no domingo pela manhã, em companhia de outro rapaz, caminhando pela estrada sentido Praia de Leste a Santa Terezinha, como se estivessem voltando de Caiobá.

Para um dos delegados que compõem a força-tarefa que investiga o crime, esta versão já era cogitada. Ele pede à testemunha que procure a delegacia de Matinhos e preste os esclarecimentos necessários à polícia.

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Por outro lado, a jovem em nenhum momento relatou a presença de outro assassino no local do crime. Ela narrou o ataque, descreveu o autor para o retrato falado e o reconheceu, sem sombra de dúvida, através de fotografia, filmagem e gravação de voz.

Suspeito tem defensores

Os advogados Nilton Ribeiro e Mário Monteiro assumiram ontem a defesa do suspeito. Na delegacia, tomaram conhecimento do inquérito, que já tem mais de 200 páginas.

Depois seguiram até o Fórum Criminal para pedir à juíza Tathyana Yumi Arai Junckes autorização para que o acusado pudesse se manifestar publicamente e dar sua versão para os fatos.

O pedido, no entanto, foi negado. A juíza informou que o delegado seria a autoridade responsável por permitir ou não que o detido desse entrevistas para se defender.

Por estar sendo tratado até agora apenas como suspeito, J. está incomunicável, recolhido numa cela do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), em Curitiba, e deverá ser apresentado à imprensa somente após a emissão de laudos periciais que confirmem seu envolvimento no crime. Ele está com prisão temporária decretada por 30 dias, por se tratar de crime hediondo.