Garfo vira arma pra bandidos

Horas depois de roubarem um carro, usando um garfo como arma, Elson Ruviano de Oliveira, 24 anos, e Maicon Rodrigues, da mesma idade, se encontraram casualmente com o proprietário do veículo no 11.º Distrito Policial (CIC). Reconhecidos pela vítima, eles foram autuados em flagrante pelo delegado Sérgio Taborda.

A vítima estacionou seu Celta placa COM-5828, na Rua Doutor Muricy, no centro da cidade, às 2h30 de ontem, e se dirigiu ao telefone público. Após dar alguns passos, o dono do carro foi abordado por quatro homens, sendo que apenas um deles estava armado. Na escuridão, a vítima imaginou que o bandido portava uma faca. O rapaz foi ferido com garfadas no rosto desferidas por Maicon e levou mordidas dos comparsas do ladrão. Depois das agressões, o quarteto tomou a chave do carro, o telefone celular e fugiu.

No início da manhã de ontem, populares telefonaram para o distrito informando que um Celta estava abandonado no Campo Comprido. Policiais do distrito foram até o local e, ao checarem a placa, apuraram que o veículo estava com queixa de roubo. "Avisamos a vítima sobre a localização do veículo e pedimos para que ela viesse buscá-lo", salientou Taborda. Simultaneamente, policiais militares do 13.º Batalhão deparam com Rodrigo e Elson caminhando pelas ruas do bairro Fazendinha. "O que chamou a atenção dos PMs é que eles estavam carregando uma bolsa feminina. Por isso levaram os dois para o distrito", contou o delegado. Para azar dos marginais, assim que chegaram na delegacia depararam com a vítima que foi buscar o carro e imediatamente reconheceu a dupla. "Eles também estavam com objetos do dono do Celta, como um inalador. E com um cachimbo usado para fumar crack", ressaltou o delegado. A bolsa, que estava com os bandidos pertencia à namorada do dono do Celta.

As investigações continuam no sentido de apurar mais crimes cometidos pela dupla e para identificar os outros dois homens que participaram do roubo.

Confissão

Elson e Maicon alegaram que são viciados em crack, porém negaram que o cachimbo lhes pertença. Afirmaram que costumam cuidar de carros no centro da cidade para ganhar alguns trocados e que também cometem pequenos furtos para sustentar o vício. A dupla garantiu que este foi o primeiro veículo que roubou. "A gente nem conhece os outros dois. Acho que são andarilhos", falou Elson. "Eu estava com o garfo e muito bêbado", contou Maicon.

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