Gangue liderada por policiais é desarticulada

A Operação Jockey, desencadeada pela Polícia Federal, na tarde de ontem, resultou na prisão de 15 criminosos, entre eles quatro policiais civis e um agente carcerário.

A quadrilha é acusada de participar do assalto ao Jockey Clube, ocorrido em outubro deste ano, quando, em perseguição aos bandidos, o policial militar Júlio César Bales foi assassinado.

O bando é ainda acusado de crimes como extorsão e tráfico de drogas.

De acordo com o agente da PF, Altair Menosso da Costa, havia informações de que parte do bando iria fazer uma transação de cocaína, próximo a um bar na Vila Hauer. Com o apoio de policiais da Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone), da Polícia Militar, e do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil, o cerco contra os suspeitos foi fechado. No local foram presos quatro policiais civis e outros cinco traficantes. Entre os policiais estão José Augusto Paredes e outro identificado como Gilsinho, que foi preso com o genro e o filho. Os nomes dos outros dois investigadores não foram divulgados.

Os policiais ocupavam o Gol, placa AGN-1391 – viatura descaracterizada do 11.º Distrito Policial. No carro foi apreendida cocaína e nos bolsos dos policiais foram encontrados sacos plásticos contendo o dinheiro. A Polícia Federal não informou a quantidade da droga nem do dinheiro apreendido, mas há informações que o valor gire em torno de R$ 250 mil.

Depois de prender os nove envolvidos com o tráfico, os policiais federais deram continuidade à operação e detiveram seis homens, entre eles um agente carcerário da delegacia de Almirante Tamandaré e o proprietário da Autopeças Brito, situada no mesmo município.

Ainda durante a tarde de ontem foi descoberto um desmanche de veículos pertencente à quadrilha.

Até a noite de ontem a Polícia Federal ouvia todos os presos na tentativa de desvendar a intrícada rede criminosa. Hoje, a PF deve divulgar novas informações sobre a operação e esmiuçar os crimes cometidos por todo o bando.

Jogadores extorquidos

A ligação entre o ataque ao Jockey Clube, durante uma sessão de carteado, e os policiais civis ainda está sendo averiguada, mas a PF acredita que foram os investigadores que forneceram os coletes à prova de balas e as camisetas da Polícia Civil usadas pelos marginais durante a invasão ao clube. Segundo a PF, os bandidos se passaram por policiais e extorquiram os freqüentadores do carteado, levando R$ 30 mil e o carro de um deles. O dinheiro arrecadado teria sido dividido com os investigadores.

Na fuga, os bandidos cruzaram com a viatura ocupada por Bales, que ao perceber a alta velocidade iniciou a perseguição. Houve troca de tiros, em que o PM e Levi da Cruz e Milton Cezar Alves foram mortos. Marcelo Oliveira Pauline e Reginaldo Nascimento Souza, foram presos durante a ação.

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