O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu 15 pessoas durante a “Operação Xangai”, deflagrada nesta sexta-feira (23), em Maringá. O objetivo era desarticular uma quadrilha acusada de falsificar peças e rolamentos automotivos na região. Os produtos vinham da China e eram adulterados e vendidos abaixo do valor de mercado.
Até o fim da tarde, 14 mandados de prisão haviam sido cumpridos no município. Uma pessoa também foi presa em Balneário Camboriú (SC). Os detidos são acusados de formação de quadrilha, falsidade ideológica, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, fraude ao comércio e adulteração de peças e rolamentos de veículos. Também foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão. Treze veículos foram apreendidos – dez carros e três motocicletas.
De acordo com o coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti, o grupo criminoso adquiria peças da China e falsificava as mercadorias, vendendo-as com nomes e marcas nacionais. “Eles compravam os produtos chineses, adulteravam as mercadorias utilizando marcas nacionais, e vendiam-nas, com preços bem abaixo dos praticados no mercado”, explica Batisti.
Ainda segundo o coordenador do Gaeco, a quadrilha, que vinha sendo investigada há três meses, possuía empresas constituídas em nomes de “laranjas” e sonegava impostos, discriminando nas notas fiscais valores inferiores aos preços que realmente praticavam. “Os criminosos aplicavam o lucro das atividades na compra de imóveis, terrenos e veículos no nome deles e de terceiros, o que configura o crime de lavagem de dinheiro”, afirmou.
