No início da manhã desta quinta-feira (14), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou a Operação Mercúrio na Coordenação da Receita do Estado.
Ação ocorreu na sede do órgão, no Centro, em Curitiba, em residências, empresas e escritório de contabilidade. A ação ocorreu por volta das 8h30 e envolveu o cumprimento de três mandados de prisão temporária, seis de busca e apreensão, 14 conduções coercitivas e sequestro de bens – a princípio, dinheiro.
O Gaeco investiga a associação criminosa que envolvia auditor da Receita Estadual, empresário e contador para sonegação fiscal. Foram presos o auditor Jorge de Oliveira Santos, o contador Rogério Spinardi e o empresário Walter Nicolau Filho.
Walter é dono de várias empresas, em diversos ramos, na região de Londrina e da Região Metropolitana de Curitiba. São apurados os crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e sonegação fiscal, cometido em associação pelos investigados.
A princípio, a operação feita nesta manhã pelo braço policial do MP é um desdobramento da Operação Publicano, deflagrada em março deste ano. Nesta empreitada, a investigação, com foco em Londrina, apontou que empresários e auditores tinham esquema de pagamentos de subornos para bloquear cobranças milionárias em impostos estaduais. Aqui, a operação foi batizada de “Mercúrio”.
Na investigação inicial houve menção a esquema parecida na capital. “O possível esquema em Curitiba foi mencionado nas investigações em Curitiba. Nós fizemos a apuração e esse é o primeiro desdobramento.
Foram apreendidos computadores e documentos, que serão investigados e, a partir daí, podem surgir outras situações”, comenta o coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti.
Protesto
O começo do dia foi agitado na sede da Receita. Além da operação, professores em greve da rede estadual de ensino fizeram, nesta manhã, um novo protesto contra o governo do Paraná.
Desta vez, eles se reuniram em frente à sede da Receita Estadual, na rua Lourenço Pinto, no Centro de Curitiba, para uma manifestação contra o impasse atingido com a administração estadual sobre a data-base da categoria.