Operação Publicano II

Gaeco cumpre 68 mandados de prisão e 65 de busca e apreensão

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, com apoio da Secretaria Estadual de Segurança Pública, deflagrou nesta quarta-feira (10), a segunda fase da Operação Publicano. Ao todo, por determinação da 3.ª Vara Criminal de Londrina, estão sendo cumpridos 68 mandados de prisão preventiva.

A Operação Publicano, fruto das investigações do Gaeco e da Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público de Londrina, apura a atuação de uma organização criminosa formada por auditores fiscais da Receita Estadual, contadores e empresários, que se uniram para facilitar a sonegação fiscal mediante o pagamento de propina.

Além dos mandados de prisão, o Gaeco está cumprindo nesta quarta-feira 65 mandados de busca e apreensão em escritórios e gabinetes ocupados por funcionários da Receita Estadual.

O Juízo de Londrina, onde as investigações tiveram origem, também determinou a condução coercitiva de 49 pessoas (empresários, em sua maioria), para que sejam ouvidas pelo Ministério Público, além da quebra de sigilo bancária de 59 investigados.

Nota oficial

Em resposta às investigações realizadas pelo Gaeco sobre a atuação de uma rede criminosa formada por auditores fiscais da Receita Estadual, contadores e empresários, o governo estadual divulgou uma nota na tarde desta quarta-feira (10). Confira na íntegra:

“O Governo do Estado apoia as investigações e o esclarecimento completo de todas as suspeitas de corrupção que neste momento envolvem servidores públicos da Receita Estadual, conforme o Ministério Público. Segundo as denúncias já divulgadas, os desvios de conduta e a cobrança de propina por parte de maus fiscais caracterizam um comportamento endêmico, ou seja, fatos que acontecem há cerca de trinta anos.

O Governo está à disposição para colaborar com as investigações e defende a punição de todos os envolvidos que tiverem a culpa comprovada, até para que os bons servidores não paguem pelos erros daqueles que usaram a sua condição para enriquecer ilicitamente ou para prejudicar a sociedade paranaense.

A apuração completa das denúncias é essencial para que o cidadão e os contribuintes possam continuar confiando na ação correta e legal dos servidores públicos, em todos os níveis da administração estadual”.

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