Agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e policiais civis e militares realizam, na manhã desta quarta-feira (24), a Operação “Fênix”, um desdobramento da Operação Hydra, contra organização criminosa com atuação no Paraná e outros Estados.
Estão sendo cumpridos 23 mandados de busca e apreensão e nove mandados de prisão preventiva contra organização criminosa que possui dezenas de integrantes e atua em diversas cidades do Estado do Paraná, especialmente em Guarapuava, Medianeira, Bandeirantes, Assis Chateaubriand, Ponta Grossa, Curiúva e Campo Mourão, assim como em outros Estados, como Santa Catarina (Lages).
As investigações do Gaeco apontam que o grupo criminoso é liderado por André Maurício Hessel Lopes, já denunciado e preso. Atuariam como agentes administradores da organização criminosa Marinaldo José Rattes, Fernando Lacerda da Cunha, André Fabio Mendes (presos) e Luís Sérgio Seguro. Todos eles tiveram prisão preventiva e foram denunciados à Justiça.
Já há contra a quadrilha mais de dez ações penais que indicam aproximadamente uma centena de crimes, dentre os quais falsidades documentais ideológicas (artigos 299 do Código Penal), estelionatos (art. 171 do Código Penal), coação no curso do processo (artigo 344 do código penal), formação de quadrilha (artigo 288 do Código Penal) e lavagem de dinheiro (art. 1º., caput e §§ 1º., inciso I, 2º., inciso I, e 4º., da Lei n. 9.613/1998).
No caso específico da operação de hoje, foram denunciadas 18 pessoas, pelo cometimento dos delitos de falsidades ideológicas, estelionatos, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Além dos nomes já citados, foram denunciados parentes dos acusados e “laranjas” do esquema criminoso. O Poder Judiciário já recebeu essa denúncia.
Participam da Operação Fênix 65 policiais, entre civis e militares, sendo os policiais dos Gaecos de Guarapuava, Foz do Iguaçu, Cascavel e Londrina, com apoio do Gaeco de Santa Catarina. Todo o material apreendido será encaminhado ao Gaeco de Guarapuava, onde será analisado e posteriormente apresentado à Justiça.
Empresas de fachada
A fraude consistia na criação de empresas de ‘fachada’, movimentações financeiras em nome dessas pessoas jurídicas falsas, obtenção de vantagem ilícita em detrimento de instituição bancária e a transferência de bens e valores para empresas ‘boas’ do mesmo grupo.
No dia 18 de fevereiro, o Gaeco já havia cumprido diversos mandados de sequestro e arresto em desfavor do mesmo grupo. O montante dos bens arrecadados ultrapassou R$ 20 milhões.