Tiros na manhã de ontem, na Vila Torres, mostraram a guerra de forças na região. Os balaços não feriram ninguém, mas acertaram um Renault, que estava estacionado em frente à Biblioteca Comunitária, onde livros eram doados.
“Os traficantes não gostam que as pessoas ajudem a comunidade. Querem que os moradores dependam deles”, avaliou o cabo Macedo, do 12.º Batalhão da Polícia Militar.
O policial descartou confronto de gangues, mas testemunhas afirmaram que os tiros têm a ver com as rivalidades. Na noite anterior, houve dois homicídios na Rua Manuel Martins de Abreu.
Por volta das 18h30, Jeferson Luís da Silva de Araújo, 15 anos, foi baleado quando saiu de casa para ir à mercearia. Pouco mais tarde, às 21h, Cleverson Eduardo Braga, 25, conversava com um amigo em frente a um bar, quando dois indivíduos em uma bicicleta passaram atirando. Ele tentou fugir, mas foi baleado. As duas vítimas foram socorridas por parentes e morreram no hospital.
Confronto
As testemunhas da fuzilaria de ontem de manhã contaram que, momentos antes, três adolescentes soltaram rojões, naquela rua, “comemorando” as mortes. Em seguida, cinco garotos apareceram atirando contra o trio, em frente à biblioteca, perto da esquina com a Rua Guabirotuba. Não se tem notícias de feridos, apenas dos estragos no veículo. As duas mortes são investigados pela Delegacia de Homicídios.