Taunilde de Mello, 49 anos, estava com um amigo em frente ao mercado onde trabalhava como segurança, em São José dos Pinhais, quando foi friamente executado por dois homens que, momentos antes, conversavam com a dupla.
O crime ocorreu pouco antes das 19h de quarta-feira, na Rua Benjamim Possebom, Quississana, na porta do mercado “O Baratão”. O amigo de Taunilde, Leonardo Freitas de Castro, da mesma idade, conhecido como “Gauchinho”, foi baleado nas costas e morreu horas mais tarde no hospital do município.
Policiais civis e militares apuraram que a dupla que conversava com Taunilde e Leonardo saiu do local e voltou em seguida. Um dos rapazes, loiro de cabelos arrepiados, usando calça jeans e camiseta preta, sacou uma arma e atirou na cabeça do segurança.
Mandaram Leonardo sair dali e, quando o homem fugia correndo para sua casa, ao lado do mercado, levou um tiro pelas costas. Depois o atirador e o comparsa embarcaram num Pálio cinza e fugiram. Leonardo passou por cirurgia no Hospital de São José dos Pinhais, mas morreu logo depois.
Uma câmera de segurança instalada pela prefeitura, a 50 metros do local, poderia ajudar a identificar os matadores. No entanto, moradores do bairro informaram que o equipamento foi instalado há três anos e nunca funcionou.
Familiares contaram à polícia que havia uma rixa antiga entre Taunilde e uma pessoa do bairro. Por causa disso, ele estaria jurado de morte. A polícia já tem informações sobre os assassinos. Taunilde havia chegado naquele mesmo dia de Santa Catarina, onde enterrou a mãe, falecida no dia anterior.
Violência
Com o duplo homicídio de quarta-feira, aumenta para seis o número de pessoas assassinadas no Quississana, somente nos últimos 40 dias. No dia 10 de outubro, o pedreiro Jerry Adriano Alves Bolino, 26 anos, foi morto a tiros na Rua Alceu Moreschi. Ele foi retirado à força de casa por um homem e executado no meio da rua.
Na madrugada do dia 18 de outubro, foram mais três vítimas fatais. Por volta das 3h30, a auxiliar de produção Dayane Crislaine Fedesczu, 25, levou seis tiros dentro de casa, na Rua João Alves Figueiredo.
Meia hora depois, o casal Marcílio Santana de Oliveira, 31, e Lurdes Noema, 32, foi assassinado, também em casa, na Rua Francisco Dirceu Chiuratto. No local, apurou-se que os marginais estavam atrás do homem e também mataram a mulher porque ela reagiu.
O chefe de investigação Roberto de Miranda, da delegacia de São José dos Pinhais, informou que todos os casos estão sendo investigados e a polícia já tem informações importantes. “Estamos trabalhando inclusive com a possibilidade dos crimes estarem interligados”, afirmou Miranda.