Após cometer um atentado contra a vida de um borracheiro na Fazendinha, José Soares Neto, 47 anos, foi morto por policiais militares dentro do terreno de sua casa na divisa entre os bairros Umbará e CIC. Segundo a PM, a vítima reagiu à prisão e por isso foi baleada. Familiares de José afirmam que ele não estava armado e que não esboçou nenhuma reação contra os policiais.
Pelas informações da PM, toda a confusão começou no final da tarde de sexta-feira, quando José Soares foi até a borracharia de Marivaldo Rosa de Lara, 32 anos, na Fazendinha. Lá, os dois tiveram um desentendimento e José acabou atirando contra o borracheiro. Ferido, o homem foi atendido pelos socorristas do Siate e encaminhado ao Hospital do Trabalhador.
Depois do atentado, José Soares, também conhecido por `Cigano`, voltou para sua residência mas foi surpreendido em seguida pela chegada de policiais militares do 13ºBPM. De acordo com o tenente Araújo, sua equipe atendeu a ocorrência na Fazendinha e através de informações conseguiu chegar até o paradeiro de `Cigano`.
Tiros
Foi realizado um cerco policial à casa de `Cigano` que, ao invés de se entregar, atirou contra os PMs que revidaram. O homem foi atingido por dois disparos e morreu no local.
A família e amigos de José inconformados com a sua morte, apresentaram uma outra versão para os fatos. Segundo eles, José foi até o borracheiro cobrar uma dívida que o autônomo se recusava a pagar. Após balear o borracheiro, retornou para casa onde permaneceu até a chegada da polícia.
Com medo da ação policial, `Cigano` tentou fugir pulando o muro dos fundos de sua residência. Nesse momento, ele foi alvejado e morto pela PM. `Mesmo ferido, foi arrastado por alguns metros pela políca`, desabafou um amigo. Segundo a amásia, Rosemeri Maria, o crime foi covarde pois José não estava armado.
Armas
O tenente da PM informou que na ação foram apreendidas duas armas: uma pistola 380 e uma espingarda calibre 44. De acordo com familiares da vítima, a pistola que teria sido utilizada por José estava em cima da geladeira, enquanto a espingarda em baixo da cama. `Repito que ele não estava armado e não reagiu`, desabafou Rosemeri.
Na manhã de ontem, parentes e conhecidos da vítima foram até a Delegacia de Homicídos para conversar sobre o ocorrido e relatar a sua versão para a morte de `Cigano`.