Para atingir meta

Funcionários são presos por falcatrua em chips para celular

Funcionários de uma loja de chips para celulares da Tim foram detidos pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Segundo a polícia, para cumprir as metas, eles vendiam chips com Cadastro de Pessoa Física (CPF) de terceiros, conseguidos pela internet. A suspeita é que o esquema atendia criminosos e presidiários.

De acordo com o delegado Matheus Laiola, do Cope, a investigação começou a partir de denúncia anônima no mês passado. A loja física, que revendia chips e aparelhos, fica na Rua Emiliano Perneta, Centro. Na tarde de segunda-feira, três vendedores foram presos em flagrante, comercializando chips cadastrados sem o conhecimento dos donos dos CPFs.
Um rapaz, de 18 anos, e uma jovem, de 20, faziam o comércio na Rua Tijucas do Sul, próximo ao terminal do Sítio Cercado, vestindo roupas com identificação da Tim. Uma mulher, de 44, foi detida em seguida, perto do terminal do Pinheirinho. Os três foram levados ao Cope, onde confessaram que vendiam os chips previamente cadastrados a mando de superiores, para “atingir metas”.

Listas

O trio contou ainda que supervisores tinham listas de CPFs para o cadastramento. Com isso, a polícia chegou até outra mulher, de 37 anos, presa no terminal do Capão Raso. Na casa dela, os policiais encontraram 1,5 mil chips, a maior parte já cadastrada com CPFs de terceiros. Os quatro detidos foram autuados por falsidade ideológica e associação criminosa.

Conforme o delegado, os CPFs eram obtidos em sites, como de concursos públicos, que usam o número para o cadastro. Uma das mulheres presas possuía também relação de clientes de outras empresas de telefonia. Matheus disse ainda que a operadora de telefonia se colocou à disposição para auxiliar as investigações e descobrir quem foi lesado.

O delegado Luiz Alberto Cartaxo destacou que o que preocupa na venda dos chips cadastrados ilegalmente é que ela atende a necessidades criminosas. Os funcionários relataram ao Cope que muitas vezes os chips eram vendidos em “biqueiras”, já que os traficantes não podem cadastrar os aparelhos em seus nomes.

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