Ao sair do Banco Itaú, na República Argentina, no Portão, com um envelope contendo quase R$ 38 mil em dinheiro, Charles John Borges Storto, 26 anos, foi morto por assaltantes, por volta das 16h30. Charles levou tiros quando estava parado no cruzamento das ruas João Bettega e Doutor João Tobias Pinto Rebelo (rápida do Portão), ao volante do Ecosport placa AMD-1814. Ele ainda bateu o carro atrás de um caminhão e só parou duas quadras adiante, caído atravessado sobre os bancos dianteiros. Os bandidos, que estavam em uma moto, fugiram sem nada levar.
De acordo com relatos colhidos pelo perito Fontoura, do Instituto de Criminalística, Charles estava parado no sinaleiro quando quatro homens, sobre duas motos, cercaram o Ecosport. Os que estavam do lado do motorista abriram a porta do carro e deram três ou quatro tiros contra Charles. Logo após os disparos, uma das motos voltou sentido centro, e a outra, uma Twister preta, continuou acompanhando o Ecosport.
Mesmo ferido, Charles entrou na via rápida e bateu na traseira de um caminhão de gás. ?A pancada foi forte. Ainda notamos uma moto tentando quebrar o vidro do carro, mas como viramos a esquina, não vimos mais nada?, disse o motorista do caminhão, que, antes da batida, ouviu os tiros.
Um comerciante local contou que, após a batida no caminhão, o Ecosport era acompanhado por uma moto.
O carona da moto, com um revólver preto, conseguiu quebrar a janela e se atirou para dentro do carro, ficando com metade do corpo para fora do veículo. Porém, talvez pelo fato de a vítima ter caído debruçada em cima do envelope, os bandidos desistiram de concretizar o roubo e fugiram sentido Pinheirinho.
Bandidos atiraram mas não conseguiram levar dinheiro. |
O perito constatou que Charles levou dois tiros do lado esquerdo do corpo.
O rapaz também tinha mais uma perfuração na barriga.
Trabalho
O Ecosport pertencia à Madeireira Icomap, onde a vítima trabalhava. Charles estava há dez anos na empresa, onde começou como auxiliar administrativo, e hoje atuava na área administrativa e de exportações da madeireira. Segundo seu colega de trabalho, Gilson Almeida, ele tinha ido ao banco buscar dinheiro para fazer alguns pagamentos da empresa. A vítima era casada há pouco tempo, morava no Novo Mundo e ainda não tinha filhos.