Franciele Alcantara, 20 anos, funcionária da lotérica assaltada dia 4, no centro, onde um policial federal morreu em um confronto com os bandidos, foi presa na tarde de ontem.

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Ela é suspeita de ter dado informações aos assaltantes e era investigada desde o dia do crime, quando um dos marginais foi preso. Com a detenção da funcionária, pela Polícia Federal, toda a quadrilha está na cadeia.

A moça trabalhava há pouco tempo no estabelecimento e, segundo o proprietário, apresentou atestado de antecedentes criminais para ser contratada. Minutos depois do crime, ela ligou para a mãe e, durante todo tempo, ficou na calçada em frente a lotérica chorando, e dizendo a todo momento que não queria mais trabalhar ali, pois era um local muito perigoso.

Ligações

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A PF descobriu que Franciele estava envolvida no crime, quando cruzou o depoimento dos quatro presos e identificou várias ligações telefônicas nos 15 dias que antecederam o crime, em que ela teve contato com os marginais. Todos, em relatos diferentes à polícia, confirmaram que ela era a mentora do assalto.

Depois do assalto, a garota saiu de licença médica e, ao retornar ao trabalho, pediu demissão. Na tarde de ontem, Franciele ainda trabalhava normalmente, no caixa da lotérica, quando a polícia chegou e lhe deu voz de prisão. Sem contestar nada, ela estendeu os braços para ser algemada, como se já estivesse esperando que isso acontecesse a qualquer momento.

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Roubo

Cinco homens armados invadiram a lotérica por volta de 18h45 do dia 4, e renderam todos os funcionários e seis clientes. Quando deixavam o local do crime, foram surpreendidos pelo policial federal Edson Martins Matsunaga, 50, que tentou impedir a fuga e foi baleado. Ele morreu antes de chegar ao hospital.

O estudante de Direito Douglas Cândido Rodrigues, 23, que fazia parte da quadrilha, também foi atingido com um tiro, mas usava colete balístico e não ficou ferido. Ele foi preso em seguida, mas seus cinco comparsas, entre eles uma mulher, conseguiram fugir.

Dois dias depois do crime, Larissa Tessaro Menarim, 20, foi presa, suspeita de dar fuga para um dos assaltantes. No final de semana seguinte, a PF invadiu uma festa da quadrilha, em Fazenda Rio Grande. Houve confronto. Dois suspeitos morreram e quatro foram detidos, entre eles o que matou o policial.