A polícia ainda procura os 14 presos que fugiram da delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, no final da tarde do último domingo. Segundo o delegado Rafael Vianna, eles cavaram um buraco, usando os pratos das refeições e saíram por um terreno que fica ao lado da delegacia, usado como depósito da prefeitura do município.

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Na hora da fuga, o xadrez que tem capacidade para oito presos, tinha 57, e 17 tentaram fugir. Três foram detidos antes de chegar à rua. Os outros 14 pularam o portão de ferro e até o final da tarde de ontem nenhum havia sido recapturado. “São bandidos de alta periculosidade, assaltantes, estelionatários e integrantes de quadrilhas. Qualquer pessoa que tenha informações sobre qualquer um deles pode ligar anonimamente para 3605-0263”, disse Vianna.

Medo

Comerciantes e moradores do Alto Maracanã contaram que, mesmo estando a poucos passos da delegacia, sofrem com a insegurança. Eles se mostraram assustados e indignados com a facilidade com que os presos fogem da cadeia.

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Na noite de domingo, foram os vizinhos que perceberam a fuga dos detentos e avisaram a polícia. “Como que os policiais lá dentro não viram os presos cavando um túnel imenso, usando pratos de marmita?”, indagou uma vizinha.

“Tem que investigar isso a fundo porque ou tem facilitação ou incompetência e aí tem que punir os policiais”, revoltou-se a mulher, que preferiu não se identificar. Outro morador comentou que ouviu tiros na hora da fuga e assustou-se. “Tem muitas casas ao redor da delegacia. Alguém pode ser atingido por uma bala perdida durante um tiroteio”, disse.

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Preocupada com a constante fuga de presos, uma mulher, que aluga imóveis na região, contou que sentiu-se obrigada a investir em segurança. “Aumentei os muros e instalei grades porque a gente fica com medo dos presos”.

Violência

As fugas são apenas mais um motivo de preocupação para a população de Colombo, já assustada com a violência e as diversas mortes ocorridas recentemente.

Neste final de semana, mais um indivíduo foi morto a tiros, tornando-se a 13.ª pessoa assassinada somente no mês de agosto no município. Embora a polícia afirme que a maioria dos crimes foi elucidada, os autores permanecem foragidos e, agora, recebem a companhia dos 14 criminosos que escaparam da cadeia.