Vinte e um presos fugiram na madrugada de ontem da delegacia de Rio Branco do Sul, depois de serrar duas grades do solário, feitas com trilhos de trem. Muitos são acusados de homicídio e entre eles está Osvaldo Miranda, 42 anos, acusado de ter participado da chacina que dizimou cinco pessoas da mesma família, em junho deste ano, naquele município.
A fuga aconteceu por volta das 5h, quando apenas um policial estava de plantão. Como a carceragem fica nos fundos do distrito, o plantonista não ouviu qualquer barulho. Os presos serraram duas grades do solário (um interna e outra externa) e ganharam as ruas. Segundo a polícia, provavelmente os presos receberam as serras nos dias de visita.
Políciais civis e militares já iniciaram as buscas, mas até a tarde de ontem ninguém foi recapturado. Os investigadores acreditam que muitos serão encontrados nas casas das famílias, uma vez que eles não têm condições financeiras para ir a outro lugar. No último final de semana outros quatro presos já tinham fugido da delegacia de Rio Branco do Sul, e apenas um deles foi recapturado.
A delegacia abrigava 45 homens antes da fuga e curiosamente, segundo o delegado Artem Deach, a delegacia não era superlotada, o que geralmente motiva fugas em distritos policiais.
Perigoso
Osvaldo Miranda é considerado o preso foragido de maior periculosidade.
No dia 7 de junho, Osvaldo, junto com seu filho Fabiano Miranda, e seu irmão, Antônio Miranda teriam assassinado seus parentes Abraão Miranda, 59 anos; a mulher dele, Isa de Oliveira Miranda, 58; as filhas do casal, Vera, 28, e Rafaela, 15, bem como Eber de Oliveira Faria, 22 – namorado de Rafaela. Todos receberam tiros e pauladas na cabeça e seus corpos foram jogados no mato na região do Limoeiro, zona rural do município.
Osvaldo e Antônio eram parentes de Abraão. Fabiano e Antônio foram transferidos da delegacia antes das fugas.
