A audácia de um grupo de ladrões está desafiando a polícia de Bocaiúva do Sul. No último domingo, foi registrado o quinto arrombamento na pequena cidade, nos últimos onze meses. Dessa vez, o alvo escolhido foi o Fórum da cidade.
De acordo com o delegado Sebastião Gaspar, anteriormente já haviam sido arrombados um escritório de advocacia e outros três órgãos públicos: uma escola, a Secretaria Municipal de Educação e o setor jurídico da Prefeitura. As evidências coletadas nos arrombamentos levam a polícia a acreditar que um mesmo grupo esteja por trás dos crimes. “Três pessoas devem estar envolvidas nos crimes”, afirmou Gaspar.
Ação
Os ladrões preferiram entrar pelos fundos do prédio do Fórum. Utilizaram uma escada que havia sido deixada no terreno por um pedreiro que realizava obras no local. Subiram e quebraram vidros da janela e grades de proteção, que segundo a polícia não estavam chumbadas na parede. Em seguida, entraram no prédio e furtaram dois computadores, cartuchos de impressoras e cerca de R$ 30, dinheiro arrecadado com fotocópias. As armas que estavam guardadas no mesmo armário que os cartuchos não foram levadas.
O delegado fez questão de enfatizar que em todos os arrombamentos há uma característica comum: os assaltantes conheciam os lugares internamente e sabiam exatamente como agir e quais equipamentos levar. Uma prova disso foi a entrada nos cartórios. Ao invés de arrombar as portas, os marginais forçaram um balcão de madeira para adentrar nas salas. Os computadores levados – pertencentes ao Tribunal eleitoral e a sala de audiência – são de menor valor comparados a outros computadores que poderiam ser levados.
Nos outros assaltos, a maneira como foram realizados não deixa dúvida de que os invasores tinham prévio conhecimento de como procederiam. “Na escola havia equipamentos eletrônicos estragados, mas eles só levaram aqueles que estavam funcionando”, disse o policial. No entanto, Gaspar ressalta que não há envolvimento de funcionários em nenhum dos arrombamentos.
Investigação
O delegado informou que telefonemas dados pelos assaltantes ou comparsas minutos antes da realização dos arrombamentos serão muito úteis para a identificação dos mesmos. “A partir da quebra do sigilo telefônico, espero chegar a essas pessoas”, explicou Gaspar. Se tudo transcorrer normalmente, os crimes devem estar elucidados nas próximas duas semanas.
