Almirante Tamandaré

Força-tarefa organizada por gari encontra partes de corpo em matagal

Cachorros de rua podem ter descoberto um cemitério clandestino às margens da BR-509, em Almirante Tamandaré. Cinco dias após uma perna humana ter sido levada por um cão até uma empresa de calcário, a perna de outra pessoa foi achada por um animal diferente, na mesma localidade, na noite de quarta-feira. A história intrigou moradores da região, que fizeram uma força-tarefa na manhã de ontem para localizar o resto do corpo. Eles encontraram ossada e roupas em um matagal. A polícia não confirma a existência do “cemitério” e acredita que pode ter sido coincidência.

No pé da segunda perna, estava calçado tênis Nike preto. O membro foi encontrado por um vira-latas na Rua Antônio Ferro, bairro Boichininga. O gari Juscelino Conceição, que já foi coveiro, disse que ficou incomodado com a história e mobilizou cerca de 10 pessoas para procurar o corpo. “Já tinha trabalhado no cemitério, então já sabia como eram as partes do corpo”, afirmou.

Roupas

Perto das 10h, próximo ao quilômetro 32, da BR-509, o grupo se deparou com uma blusa azul, uma touca azul, um relógio, uma arcada dentária, um crânio e outros ossos. Outro tênis Nike, preto, foi achado. “Tem tudo para ser o dono da perna, em função do tênis ser par do outro e pelo estado de decomposição”, afirmou o delegado Hertel Rehbein.

O delegado explicou que os restos mortais foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal (IML) e a vítima pode ser identificada pela arcada dentária. “Como estava com relógio e vestes, pode ser que os pertences sejam reconhecidos por familiares”, disse. Ele explicou ainda que as famílias de pessoas desaparecidas no município serão chamadas, na tentativa de identificar o cadáver. O gari disse não saber de ninguém desaparecido na região e afirmou que os moradores estão assustados com as partes humanas encontradas, porque costuma ser uma área tranquila.

Outra

Quanto à perna levada por outro cachorro, na sexta-feira da semana passada, Hertel disse que o Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost), do Corpo de Bombeiros, fez busca na região, mas não localizou o corpo.

O membro estava parcialmente carbonizado. “Algumas situações nos levam a crer que mataram e desovaram as partes em vários locais ou queimaram a maior parte do corpo em forno e o cachorro roubou a perna”, comentou. Ele acredita que as duas pessoas tenham sido mortos em ocasiões diferentes.

Átila Alberti
Falta encontrar o cadáver da perna “abocanhada” na semana passada.

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