O secretário-geral da Receita Federal, Jorge Rachid, determinou a criação de uma força-tarefa que vai reunir auditores de várias seções do Brasil para centralizar os trabalhos de fiscalização das empresas que vinham sendo investigadas pela aduana da Receita Federal em Maringá.
Na última quinta-feira, o chefe da seção, José Antônio Sevilha de Souza, foi assassinado quando saía de sua residência, em Maringá. Ele estava na fase final da fiscalização de três empresas de importação e exportação suspeitas de irregularidades. Porém, a informação repassada pela assessoria de imprensa da Receita em Maringá dá conta de que a ordem, vinda de Brasília, é fiscalizar com rigor todas as importadoras que estavam na mira da seção de aduana. Elas têm sede no Paraná, com ramificações em várias cidades do Brasil, o que leva crer que são de grande porte.
Apesar de a Polícia Federal, que centraliza as investigações, manter sigilo absoluto sobre o caso para não prejudicar o andamento do processo, há fortes suspeitas de que o homicídio tenha sido movido por vingança relacionada ao trabalho da vítima. Por precaução, a Polícia Civil chegou a ouvir a namorada, o filho e o irmão da vítima um dia após o crime.