A operação desencadeada pela Força Samurai, na sexta-feira passada, no São Braz, que resultou nas prisões de sete pessoas envolvidas com o tráfico de drogas, foi bem organizada e contou com o apoio da Vara de Inquéritos Policiais (VIP), que expediu mandados de busca e apreensão para que o grupo de policiais militares entrasse nas casas apontadas pela investigação como sendo ocupadas por indivíduos ligados ao uso e comércio de entorpecentes.

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A explicação foi dada ontem pelo coronel Jorge Costa Filho, chefe do Comando do Policiamento da Capital (CPC), em virtude de denúncia feita por familiares da anciã Lydia de Paula Pliskeviski, 85 anos, moradora em uma das casas revistadas.

A família criticou a forma como os PMs entraram na casa de Lydia, que ficou assustada e mais tarde teve problemas cardíacos que a levaram a UTI do Hospital Nossa Senhora do Pilar.

Ontem, Lydia já havia apresentado melhoras e hoje deverá ir para um quarto, mas permanecerá hospitalizada por mais alguns dias, conforme informou uma de suas filhas. A anciã já sofrias de problemas cardíacos e esteve internada em outras ocasiões.

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Ao tomar conhecimento da denúncia de “abuso” o coronel Costa lembrou que a polícia não tem como adivinhar onde os traficantes se escondem nem quem usam como escudo, e que a operação seguiu padrões normais de ação policial.

O oficial também salientou que existiam várias denúncias de tráfico no local onde a anciã reside – é um terreno com três casas – e que inclusive um parente dela – um jovem de 23 anos – foi detido com pequena quantidade de maconha.

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“Na verdade, esta senhora estava sendo vítima do próprio tráfico”, disse ele, lembrando que a Força Samurai já capturou dezenas de traficantes, buscando levar mais segurança à população.

A família de Lydia ressaltou ontem que é totalmente a favor do trabalho policial e agradeceu a retirada de circulação dos sete traficantes que vinham aterrorizando o bairro, mas voltou a lamentar o excesso de força usado diante de uma senhora tão idosa.