Camilo foi perseguido durante o temporal. |
De pouco adiantou Camilo Basílio, 40 anos, correr para salvar a sua vida. Na Rua Arno Feliciano de Castilho, no Bairro Alto Tarumã, ele foi alcançado por seus algozes e executado. Caiu morto num caminho enlamaçado à margem do Rio Atuba, num lugar escuro, mas com muitas casas próximas.
Apesar da vizinhança, poucas informações foram obtidas por policiais militares do Regimento da Polícia Montada (RPMont) e investigadores da Delegacia de Homicídios. No local, ninguém soube informar o que teria motivado a perseguição e os disparos. Em conversa com moradores, por volta das 19h30, em meio ao temporal que caía em Curitiba, eles contaram ter ouvido mais de dez estampidos e dois homens passando correndo pela rua.
De acordo com o soldado Koester, no sistema de dados da polícia consta que Camilo era foragido da Colônia Penal Agrícola e já contava com antecedentes criminais por lesões corporais, homicídio e roubo.
Tiros
De acordo com a análise preliminar da perita da Polícia Científica, a vítima recebeu oito disparos que a acertaram na barriga, peito e costas. Um projétil foi encontrado em meio à lama da rua e recolhido para ser analisado no Instituto de Criminalística.
Camilo não contou com menor possibilidade de reação. Seus perseguidores, provavelmente acertaram os primeiros disparos nas costas, no momento em que o derrubaram. Em seguida, se aproximaram e terminaram o “serviço”. Devido a seus antecedentes criminais, há a possibilidade do crime estar relacionado a um acerto de contas.
Investigadores da DH conversaram com um irmão de Camilo, que confirmou que ele era evadido da Colônia Penal Agrícola (CPA), em Piraquara, onde cumpria pena por homicídio. “Ele estava foragido há mais ou menos quatro meses”, contou. A vítima se escondia na casa da mãe, moradora nas proximidades do local onde ocorreu a execução. Camilo nasceu em Videira (SC), segundo o irmão.