Perseguido por uma gangue no bairro Barreirinha, o presidiário Alessandro Pereira da Silva, conhecido como ?Gordinho?, 29 anos, resolveu pedir socorro para a polícia militar.
Por telefone, ?Gordinho? avisou que era condenado a mais de 20 anos de cadeia e que havia escapado da Colônia Penal Agrícola (CPA), em Piraquara, no último sábado. ?Queriam me matar. O jeito foi voltar?, justificou o rapaz, que pretendia retornar para Umuarama.
Alessandro contou que responde a 11 processos por homicídio, porte ilegal de arma, uso de entorpecente, estelionato e roubo. Ele foi preso há seis anos e conseguiu ir para o regime semi-aberto. Sábado, ele aproveitou o dia de visitas e foi embora. ?Há cinco dias estou dormindo no mato para não ser preso. Eu não conheço nada por aqui?, relatou.
Fuga
Na noite de quarta-feira, ele resolveu sair do esconderijo e foi até o Terminal da Barreirinha. Lá, um grupo de rapazes perguntou o que ele queria na ?área?. Apesar de responder que estava apenas de passagem, um dos jovens sacou o revólver calibre 38 e ameaçou matá-lo. ?Aproveitei que ele se distraiu, conversando com o outro colega, tomei a arma e corri?, disse.
Alessandro embarcou em um ônibus para escapar, mas percebeu que um veículo seguia o coletivo. Pouco depois, mais integrantes da gangue embarcaram no ônibus. ?Desci, corri de novo e entrei em outro ônibus. Chamei a polícia para não morrer?, salientou.
Com a chegada dos policiais militares, o rapaz entregou o revólver, que, segundo ele, pertencia à gangue. Ele foi encaminhado ao Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac), instalado no 8.º Distrito Policial (Portão), onde foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma pelo delegado Alfredo Dib.