Durante uma perseguição policial ocorrida na última sexta-feira, Valcir Cunha, 34 anos, foi preso por policiais militares da Ronda Ostensiva de Natureza Especial (Rone) e apresentado ontem à imprensa, na delegacia de Pinhais. Inicialmente, o acusado se identificou com o nome falso de Luís Carlos de Souza, porque em seu verdadeiro nome já possuía mandado de prisão expedido pela Comarca de Curitiba. Além disso, ele é foragido da Colônia Penal de Criciúma, em Santa Catarina.
Valcir transitava com o seu recém-adquirido Astra, placa CAM-4285, quando deparou com uma viatura da Rone. Assustado com a possibilidade de ser preso novamente, pois dirigia sem carteira de habilitação, resolveu acelerar o carro e fugir. A viatura da PM percebeu a intenção de fuga e deu início à perseguição. Após várias quadras, Valcir não conseguiu vencer uma curva na Rua Jacob Macagnan, em Pinhais, e capotou o veículo. Os policiais chegaram e realizaram a prisão.
Na delegacia Valcir se apresentou como Luís Carlos, pois pretendia apenas ser indiciado por direção perigosa, assinar um termo circunstanciado e sair em liberdade. Porém o verdadeiro nome dele foi descoberto a tempo e, na apuração dos antecedentes criminais, apareceram os delitos.
Esperto
O delegado Gerson Machado informou que o detido é muito esperto e não “abre o jogo” sobre suas atividades. O policial acredita que ele tenha envolvimento em assaltos ou furtos na região de Pinhais e pede para quem reconhecer o indivíduo que entre em contato com a delegacia pelo telefone 667-1598. Valcir, por sua vez, afirma que não cometeu nenhum crime e tentou escapar da polícia porque é foragido. Ele disse que esteve preso em Criciúma por porte ilegal de arma.
O Astra ficou parcialmente destruído e está recolhido no pátio da delegacia. Sobre ele, Valcir contou que tinha recém-adquirido em Piraquara, e que é financiado. Durante a perseguição policial, o motorista infringiu várias leis de trânsito e foi multado por elas. Acontece que ele não havia transferido o carro ainda para o seu nome, o que vai complicar a vida do antigo proprietário. “Por esse motivo é aconselhável que a transferência do carro seja assinada no ato da venda, para não causar futuros problemas”, explicou o delegado. O vendedor será inicialmente responsabilizado pelas infrações do trânsito pois o nome dele consta nos documentos do Astra.