A fita cassete com suposto diálogo entre a funcionária de um posto de combustível de Curitiba, baleada durante roubo em maio, e um dos acusados do crime não possui nenhuma adulteração e nem foi editada. O laudo do Instituto de Criminalística do Paraná foi entregue hoje ao delegado, Rubens Recalcatti. Agora, ela será analisada pelo Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, para identificar se as vozes são de Patrícia Cabral da Silva e Luiz Carlos Cândido. Na gravação, ela supostamente assumiria a autoria intelectual do crime.
No caso da voz que seria de Cândido, a identificação será mais difícil, porque ele continua foragido. "A fita não foi modificada, não sofreu nenhuma edição, agora vamos esperar o confronto de vozes, que deve demorar mais algum tempo", disse Recalcatti, responsável pelas investigações. A amostra da voz de Patrícia deve ser colhida nos próximos dias. No diálogo gravado por Cândido, sob orientação do advogado de um dos acusados, a moça confessa que teria tramado o assalto e o tiro, com vistas a pedir indenização de R$ 150 mil.
Segundo as investigações, a bala alojou-se no abdome dela e, por pouco, não atingiu a filha que ela esperava. A criança nasceu em agosto. Dos três acusados do assalto, foram presos Márcio Leandro Resende e Sidimar Tiago Oliveira, que seria o autor do tiro. No assalto foram levados cerca de R$ 60 mil, que estavam em um cofre. Um possível pedido de prisão preventiva somente deve ser feito depois do laudo de identificação das vozes.