O Paraná Online fez uma busca pela internet, principalmente pelo Facebook, atrás de alertas sobre armadilhas ou golpes para furtos ou roubos de veículos e conversou com o delegado titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), Renato Figueroa, para saber quais são verdadeiros. Alguns são considerados mitos, outros porém, ocorrem, mas a polícia acredita que sejam isolados em uma ou outra ocorrência.

continua após a publicidade

Acidentes

A simulação de acidente é verdadeira e muito comum em São Paulo. Aqui, já tem dois registros na DFRV, desde o início do ano. Bandidos simulam uma pequena batida atrás do carro da vítima, que se obriga a desembarcar e tem o carro levado. Dois irmãos foram presos em Curitiba, ontem, por este golpe. Algumas pessoas publicam informações em nome de órgãos de segurança pública, como se fossem alertas oficiais. Num dos golpes, bandidos jogam ovos no para-brisas do carro à noite. O motorista, desesperado para tentar enxergar o caminho, aciona a água e o limpador, o que piora a visibilidade. Ao parar o carro, sofre o assalto.

Visão

continua após a publicidade

Em outra armadilha, a vítima pega o carro estacionado na rua e, ao dar a ré, percebe que há um papel no vidro traseiro, que impede a visão. Quando sai do automóvel para tirá-lo, sofre o assalto. Num terceiro golpe, o motorista está em algum bar ou restaurante e alguém informa que seu carro está impedindo a saída de outro. Quando a pessoa sai para manobrar, também é assaltada. Estes três crimes, até agora, são considerados “mitos da internet”, porque não possuem registros na DFRV.

Ação direta é mais frequente

continua após a publicidade

O delegado Renato Figueroa, da DFRV, ressalta que a criatividade na internet é grande, mas a maioria dos golpes e armadilhas divulgados são falsos. “Os bandidos são oportunistas e preferem abordar a vítima diretamente, sem muitos rodeios”, diz o delegado, informando que a maioria dos casos acontecem por distração.

Duplas

Ele explica que um marginal fica andando na calçada, como se fosse um pedestre e outro, geralmente, dá cobertura numa motocicleta.

Quando a vítima está chegando, saindo de casa ou estacionando o veículo, é atacada pelos bandidos.

Assim aconteceu com um casal que estacionava seu carro, no mês passado, na Rua Brigadeiro Franco, no centro. Mesmo o rapaz entregando a chave do automóvel sem reagir, levou um tiro na perna. Poucos minutos depois, o ladrão morreu em confronto com PMs, na Rua Fernando Moreira.

Identificado

Ele foi reconhecido no IML, por familiares, dias depois, como Fernando dos Santos, 25 anos. Ele era um dos 11 presos que fugiram da delegacia de Campo Largo em 31 de março. Ele estava detido naquele xadrez, suspeito de roubo.