A Polícia Civil concluiu ontem o inquérito com as investigações sobre o assassinato do casal Bernardo Dayrell Pedroso, 24 anos, e Renata Waechter Ferreira, 21, cometido em 21 de abril, na BR-116, em Quatro Barras.
O inquérito foi entregue pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) no Fórum da Comarca de Campina Grande do Sul. Seis pessoas estão presas acusadas do crime. O juiz deve remeter o inquérito ao Ministério Público, que pode ou não oferecer denúncia contra os suspeitos.
Segundo o delegado Miguel Stadler, chefe do Cope, com exceção de Ricardo Barollo, 34, acusado de ser o mandante do crime e o líder nacional do movimento neonazista, o restante do grupo confessou participação no crime. Para a próxima semana, estão marcados depoimentos de integrantes do grupo neonazista. “Outras pessoas devem ser indiciadas”, garantiu o delegado.
Presos
Além de Ricardo, estão presos Jairo Maciel Fischer, 21; Rodrigo Mota, 19 anos; Gustavo Wendler, 21; Rosana Almeida, 22; e João Guilherme Correa; 18. Todos foram indiciados por duplo homicídio qualificado e formação de quadrilha. “Há provas consistentes contra eles, com o delineamento da participação de cada um,” confirmou.
Pelos crimes de homicídio qualificado e formação de quadrilha, os seis podem ser condenados a até 72 anos de reclusão. O grupo também deve ser enquadrado pela lei 7716/89, que prevê pena de 1 a 5 anos para quem discriminar qualquer raça, religião, etnia ou procedência nacional.
