Considerado um dos bairros mais violentos de Curitiba, a Cidade Industrial registrou mais um duplo assassinato no fim de semana. Por volta das 18 de sábado, no Conjunto Osvaldo Cruz, dois homens encapuzados ocupando um Corsa prata, passaram em frente a um bar na esquina da Rua Agenor Pierre e a Rua João Sguario, e atiraram em Dillam Dumke, 21 anos, e em Vilson Francisco Miranda, 44.

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Vilson morreu no local com tiros no braço e no peito. Dillam conseguiu correr por aproximadamente 100 metros e morreu quando tentava esconder-se em uma loja.

Ele foi ferido na cabeça e no peito. Revoltados, familiares de uma das vítimas impediram a equipe de reportagem da Rede Massa de fazer as imagens no local, e um rapaz, conhecido da família, agrediu o repórter cinematográfico Elbio Tavares e quebrando o equipamento. De acordo com o investigador Magalhães, da Delegacia de Homicídios (DH), Dillan esteve preso e havia sido colocado em liberdade recentemente.

Agressão e ameaças

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De acordo com o site www.crimescuritiba.com, somente no período de janeiro a outubro deste ano foram registrados 124 homicídios na Cidade Industrial de Curitiba, mais do que o dobro do segundo colocado que é o Cajuru.

Por conta dessa violência, a população perdeu a noção de qual é o papel da polícia, ou função da imprensa, e até mesmo o que é o dever da comunidade. Quando os repórteres Márcio Barros e Elbio Tavares chegaram no local para fazer a matéria sobre os dois assassinatos, foram recebidos de forma hostil.

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Um rapaz, que estava ao lado do corpo, juntamente com os familiares de uma das vítimas, partiu para cima do cinegrafista e o agrediu verbalmente, e pior, covardemente, deu um soco no equipamento que quebrou na hora.

Quando o sargento Benevides do 13.º Batalhão, que atendia a ocorrência, foi ver o que estava acontecendo, o marginal já havia fugido. “Uma pena. Alguns moradores, infelizmente mal informados, acham que a imprensa só vai na vila quando tem uma desgraça. Essas pessoas não acompanham o nosso dia-a-dia, não sabem o trabalho social que é realizado pela imprensa”, lamentou o policial. Os jornalistas registraram um boletim de ocorrência no Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac), anexo ao 8.º Distrito Policial.