Fim de ano promove a volta dos “quebra-vidros”

A ação de ladrões ?quebra-vidros? nas ruas das imediações da Vila das Torres é uma prática constante há anos, mas de tempos em tempos ela fica mais acirrada, principalmente entre os meses de dezembro a março.

Temperaturas altas obrigam motoristas a trafegar com as janelas de seus veículos abertas. Já as fortes e rápidas chuvas de verão fazem com que o trânsito fique mais lento e crie congestionamentos. Ambas situações tornam-se propícias para os marginais cometerem furtos.

Após alguns meses de calmaria, onde eram registrados casos esporádicos, a Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) registrou, na última quarta-feira, três casos de furtos realizados pelos ladrões ?quebra-vidros?. Todas as situação ocorreram na esquina das Ruas Brasílio Itiberê com Hipólito de Araújo, em uma das entradas da Vila das Torres. As vítimas foram três mulheres que tiveram suas bolsas levadas do interior dos seus veículos, por adolescentes.

Em uma das situações, a vítima reagiu engatando a marcha ré no carro e tentou perseguir o moleque pela contramão, quase causando outros acidentes na via.

O autor passou o produto furtado para um comparsa, que estava em uma bicicleta, e os dois desapareceram.

A primeira vítima daquele dia foi uma médica de 31 anos que ia para o trabalho, no Hospital das Clínicas.

O corsa dela teve o vidro quebrado por um adolescente, de aparentemente 12 anos, que levou a bolsa contendo documentos, cartões, o estetoscópio e um computador de mão (palm top).

Mulheres, cuidado!

As vítimas preferenciais dos ladrões ?quebra-vidros? são mulheres que transitam sozinhas em seus veículos e que param o carro em pequenos congestionamentos à espera da abertura do semáforo. Os ladrões circulam livremente entre os automóveis parados e agem quando encontram algum objeto que lhes interessa. Armados com pedras, raramente com armas de fogo, eles quebram o vidro do carro e roubam bolsas e mochilas em busca de dinheiro e telefones celulares.

De acordo com as investigações da polícia, os produtos arrecadados pelos marginais são trocados dentro da própria favela por drogas, principalmente crack. Os documentos das vítimas normalmente são dispensados ou queimados.

Os horários preferidos para o ataque dos ladrões coincidem com os de maior movimento na região: das 6h às 8h, das 12h às 15h e entre às 18h e às 21h. De acordo com o delegado Rubens Recalcatti, os usuários dessas rotas que cruzam a Vila das Torres devem tomar certos cuidados para não serem surpreendidos por assaltantes.

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