Fim da quadrilha do cartão de crédito

Um esquema milionário de fraude e revenda de cartões de crédito, que já teria causado um prejuízo estimado em US$ 60 milhões, foi desbaratado por policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), em Foz do Iguaçu. Luiz Antônio de Oliveira, 32 – apontado como líder da quadrilha, a mulher dele, Samanta Daniela Miras, 33, e os carteiros Magnus Candiá, 33, e Cleiton Deusdete Severo, 32, foram presos e autuados em flagrante por estelionato, formação de quadrilha e falsidade ideológica. Com eles foram apreendidos diversos documentos e um computador.  

O delegado Miguel Stadler, titular do Cope, informou que as investigações começaram no início do ano, após duas operadoras de cartões créditos desconfiarem que estavam sendo lesadas. ?Em dezembro, alguns clientes daquelas operadoras começaram a receber faturas com valores altos de cartão de crédito internacional. Só que nem cartões internacionais eles tinham e reclamaram nas empresas?, disse Stadler.

Com base nas investigações, foram solicitados os mandados de prisão e de busca e apreensão. ?Descobrimos que, para conseguir os cartões, as pessoas fraudavam cadastros de pessoas físicas?, contou. Outra tática era com o auxilio de carteiros, que interceptavam as correspondências para conseguir informações pessoais para o cadastro, e ganhavam R$ 1,5 mil por cartão interceptado. ?Também estamos investigando a participação de funcionários de condomínios e de porteiros de prédios que teriam a mesma função?, disse o delegado. Stadler contou que os porteiros sabiam quando chegavam malas-diretas de empresas de cartões em alguns prédios da cidade. ?As correspondências interceptadas eram de operadoras de cartões oferecendo o serviço para pessoas da região ou outras que trouxessem informações como RG e CPF?, disse.

Stadler adiantou que uma das pessoas investigadas já trabalhou numa administradora de cartões de crédito e ajudava a quadrilha no momento de obter as informações necessárias para a liberação do crédito, em quantias altas. Depois disso, o grupo conseguia a emissão dos cartões e revendia aos comerciantes da região de Foz do Iguaçu, que usavam para fazer compras e saques. Segundo a polícia, a maioria dos cartões foi usada para fazer compras no Paraguai, Argentina e Miami (Estados Unidos). O delegado disse que as investigações continuam para identificar e prender outras pessoas envolvidas com o golpe.

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