Com diversas passagens pela polícia e conhecido por ser um dos "patrões" do tráfico de drogas na Vila Nossa Senhora da Luz, na Cidade Industrial, o ex-presidiário Alexandre Koehler, mais conhecido como "Pato Louco" ou "Donald", 24 anos, foi executado por volta das 19h de quinta-feira, na Rua Waldemiro Pereira, Capão Raso.
Alexandre abriu a porta de sua casa – onde morava há 40 dias – para os assassinos. Pouco depois, os vizinhos ouviram quatro disparos e viram dois homens deixando a residência em um Gol prata. Assim que os criminosos saíram, o corpo foi encontrado na cama, com dois tiros.
De acordo com os primeiros levantamentos da polícia, Alexandre ganhava a vida fazendo "rolos" com carros e havia deixado a prisão há três meses. No terreno baldio, que dava acesso à casa, estava o Monza placa LYK-4437, de Joinville (SC), pertencente ao morto. O veículo foi revistado pelos policiais, que buscavam pistas para o crime.
Na casa, os investigadores Sérgio e Ana, da Delegacia de Homicídios, recolheram três telefones celulares, documentos em nomes de outras pessoas e um rádio comunicador, que aparentava ter sido arrancado de algum carro.
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Alexandre morava sozinho e, segundo apurado pelos os investigadores, prometera pagar o aluguel negociando veículos. Naquele dia, cerca de 20 minutos antes de ser morto, ele telefonou a amigos, sem demonstrar nenhuma preocupação. Conforme apurado pelo cabo Sílvio e soldado Diego, do 13.º Batalhão da Polícia Militar, testemunhas relataram ter visto dois homens baterem à porta do rapaz. "Logo depois, disseram ter ouvido quatro disparos", relatou Sílvio. Ninguém anotou a placa do Gol, com o qual os bandidos fugiram.
De acordo com levantamento preliminar da perita Clélia, da Polícia Científica, Alexandre foi baleado próximo de sua cama e, talvez, sentado nela. Ele foi atingido por um tiro no braço e outro do lado direito do peito, provavelmente, com um revólver calibre 38.
Antecedentes
Alexandre era velho conhecido dos policiais do 11.º Distrito (CIC). De acordo com o delegado Sérgio Taborda, ele foi preso no dia 7 de março de 2.003, por tentativa de homicídio. No dia 8 de setembro do mesmo ano, voltou para o distrito e foi autuado por tráfico de drogas. No dia 23 do mês seguinte, ele escapou da cadeia durante uma fuga espetacular, onde os presos levaram a metralhadora e a viatura da Polícia Civil. No dia 17 de março de 2004, Alexandre foi recapturado e autuado em flagrante por tráfico de drogas. Devido sua periculosidade, foi transferido para o Centro de Triagem II, em Piraquara. "Prendemos algumas pessoas por tráfico de drogas que suspeitávamos que trabalhassem para ele, mas nada foi comprovado", salientou Taborda.