Oito anos depois de quase morrer na Vila Torres, o fim da linha para Cilas Lopes Duarte, 25 anos, chegou por volta das 4h de ontem. O jovem foi executado com 16 tiros de pistola na Rua Divonzir Luciano, Jardim Independência, São José dos Pinhais. Segundo a polícia, dois homens abordaram a vítima, a derrubaram e disparam várias vezes. Perto do corpo foram recolhidas cápsulas de calibres 40 e 380.
A Polícia Civil ainda tem poucas informações sobre os autores ou o motivo do assassinato de Cilas. A principal hipótese investigada está relacionada ao tráfico e consumo de drogas. Segundo a família, Cilas era usuário crônico de entorpecentes. Entretanto, como o rapaz foi morador da Vila Torres, Prado Velho, por muitos anos e já esteve envolvido na guerra das gangues que dividem a favela, outras linhas de investigação poderão surgir.
Em maio do ano passado, Cilas foi preso com dois comparsas. De acordo com investigações da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os três estavam envolvidos em homicídios cometidos na vila. Entre as vítimas estavam um adolescente de 16 anos e um rapaz de 22, ambos assassinados a tiros em outubro e dezembro de 2013. Cilas ficou preso alguns meses e, agora, respondia em liberdade.
Atentado
Em janeiro de 2007, o rapaz tinha 17 anos e estava perto do portão 3 da PUC-PR, na Rua Guabirotuba, quando foi alvo de quatro tiros. Apesar da gravidade dos ferimentos, que atingiram o peito, quadril, um dos braços e uma das pernas, ele foi levado ao Hospital Cajuru e se recuperou. Duas horas depois, outro adolescente foi assassinado na Rua Baltazar Carrasco dos Reis, a poucas quadras de onde Cilas havia sido ferido.