Quando preenchia um formulário de depósito bancário num caixa eletrônico, na Avenida Anita Garibaldi, no Ahu, em Curitiba, Bruno Eduardo Fischer Pessuti – filho do vice-governador do Estado, Orlando Pessuti – foi surpreendido por assaltantes. O jovem foi levado até o bairro Rio Verde, em Colombo, onde foi trancado no porta-malas de seu Honda Fit. Os marginais tiraram as roupas da vítima, deixando-a apenas de camiseta. Eles ainda levaram o celular, dinheiro e acessórios do veículo.
Bruno estava dentro do caixa eletrônico, quando um rapaz aparentando 22 anos, magro, 1,68 de altura, pele clara e cabelos castanhos e cacheados entrou e levantou a blusa, mostrando um revólver. Em seguida, ordenou que Bruno entregasse o dinheiro. Ao ver a chave do Honda no balcão, o assaltante mandou que a vítima o acompanhasse. Do lado de fora, dois comparsas do marginal se aproximaram. Um deles aparentava ter 17 anos, moreno e tinha cabelos raspados dos lados e encaracolados. O outro com 1,80 de altura, branco e vestindo uma jaqueta preta. Todos embarcaram no Honda Fit e deixaram o local.
Os bandidos pareciam não conhecer muito bem o local e perguntaram para Bruno como se chegava até a canaleta do expresso, no Cabral. Depois seguiram pela rápida em direção ao bairro Santa Cândida. No trajeto, os marginais desconfiaram que estavam sendo seguidos pelos ocupantes de uma Parati e resolveram desviar o caminho, seguindo pela Avenida Erasto Gaertner, sentido Colombo. Os marginais telefonaram para diversos receptadores para tentar negociar os acessórios do carro. Como não conseguiram interessados, o trio foi até uma casa. Lá, retiraram o aparelho toca-CD, o sub, os módulos e alto-falantes. Em seguida, retornaram para a rodovia, onde retiraram as roupas de Bruno e o obrigaram a entrar no porta-malas.
Fuga
Os marginais comentaram que iriam pegar um táxi e deixaram o local. Minutos depois, voltaram discutindo, falando ?sujou?, porque o motorista do táxi havia desconfiado e que precisavam ir embora. Mas um dos assaltantes discordou dos comparsas, entrou no carro novamente e trafegou por diversas ruas. Depois parou e começou a gritar pelo nome de ?Rodrigo?, e deixou o local, levando as rodas do carro.
Por volta das 23h30, Bruno percebeu que estava sozinho e ouviu o barulho de uma motocicleta e um apito. Ele conseguiu abrir o porta-malas e acenar para o segurança, que acionou a polícia.
As rodas do veículo foram localizadas, num terreno, na manhã de ontem, por policiais da delegacia do Alto Maracanã.